quarta-feira, 12 de outubro de 2011

feliz dia das crianças

PASTORAL INFANTIL
NUMA PERSPECTIVA DA IGREJA, DA FAMILIA E DO PROFESSOR.

INTRODUÇÃO
Todos querem ter filhos e alunos felizes, saudáveis e sábios. Educar é realizar a mais bela e complexa arte da inteligência é acreditar na vida, é ter esperança no futuro é semear com sabedoria e colher com paciência.
Para isto pais, professores e a igreja, devem estar cientes, que as crianças não nascem sabendo. Devem ser orientadas: com amor, dedicação e sabedoria, dentro da palavra de Deus, para um relacionamento com Deus e com o próximo.
Os pais devem reconhecer que eles são os primeiros professores, é em casa que a criança forma a base de seu aprendizado. A responsabilidade de ensinar sobre Deus às crianças é intransferível. Por decreto divino, ela pertence especialmente aos pais.
Mas a igreja tem uma grande parcela de responsabilidade na instrução cristã é uma peça fundamental nesse processo, pois é nela que as crianças aprendem: a desfrutar das bênçãos da aliança como povo de Deus, como corpo, como família da fé, como herdeira de uma história, de uma doutrina e de um modo de vida.
É por isso que os pais dependem da igreja, do pastor, do professor, da E.B.D.
Essa é a razão de uma igreja comprometida não só com os adultos, mas como exemplo de Cristo, veja as crianças como igreja de hoje. Que invistam em seus professores e que os professores invista em si mesmos, se dedicando ao ensino reconhecendo-o como um ministério dado por Deus.. Tanto a igreja, a família e os professores de educação cristã, devem ter em Cristo, um paradigma de uma pastoral infantil, realizada com total dedicação, onde o que ele ensinava, estava em consenso com seu modo de vida.
1. Missão pastoral infantil da igreja.

1.1 A cada dia são mais fortes as evidencias cientificas de que os primeiros anos de vida são particularmente importantes para o desenvolvimento da criança e representam oportunidades significativas para o crescimento de meninas e meninos.
Descobertas recentes têm demonstrado convincentemente que a primeira infância, desde a gestação, é a fase mais critica da pessoa no que diz respeito ao seu desenvolvimento biológico, emocional e social. O aprendizado e o desenvolvimento cognitivo começam muito antes da educação formal, onde quer que essa educação aconteça em casa, na creche, na pré-escola no ensino fundamental.

1.1.1 Os custos de dar ao adulto uma segunda chance na vida são muito maiores do que os custos de se prover cuidados no tempo adequado à criança, principalmente nos seus primeiros anos de vida.
O investimento na criança oferece um retorno fantástico em termos de melhor aproveitamento escolar, maior produtividade e comportamentos positivos ao longo da vida. Serviços sociais básicos de saúde, educação, por exemplo, são investimentos preventivos muito mais efetivos e humanos.
Estudos indicam que os investimentos na criança são mais eficientes, garantem retornos maiores do que qualquer outro investimento publico ou privado. Quando esses cuidados são oferecidos estas crianças estarão mais aptas a aproveitar as oportunidades, tornando-se ainda mais saudáveis e capazes de contribuir para o bem estar de suas comunidades.
1.1.2 A igreja tem a missão de levar o evangelho a todas as pessoas e a pessoa toda.
As crianças ocupam um espaço estratégico no cumprimento desta missão. Jesus apresentou as crianças como modelos do Reino de Deus. (Lc. 18.16).
Pitágoras disse: “Educai as crianças, para que não seja necessário punir os adultos”. O sábio Salomão disse: “Ensina o menino no caminho que deve andar e ainda quando velho não se desviara dele”. (Pv. 22,6). Ensinar o caminho não é apontá-lo, é caminhar junto de mãos dadas, dando às crianças a mesma importância que Jesus deu no seu ministério. De fato se houver este investimento na criança hoje, podemos ter no futuro uma sociedade mais humana, mas justa e comprometida com os valores da palavra de Deus.
Quem já não escutou, as seguintes frases sobre as crianças nas igrejas. “As crianças são o futuro da igreja”, “um dia estas crianças vão estar no nosso lugar”, diácono pegue, por favor, esta criança no corredor da igreja ela está atrapalhando o bom andamento do culto: “Vamos ter uma programação para as famílias, mas as crianças devem ficar com as avós”.
Muitas igrejas (principalmente as que têm condições) não se preocupam em colocar as crianças em lugar digno, mas qualquer lugar serve, num cantinho, aquela sala que ninguém usa.
Mas será que levariam os empresários da igreja, a liderança ministerial, para a mesma sala que usa para ensinar a palavra de Deus para os pequeninos?
Devemos ter como paradigma o relacionamento que Jesus teve com as crianças, como ele as tratou, e como nos advertiu, sobre o cuidado pastoral que devemos ter com as mesmas.
1.1.3 As igrejas devem incluir as crianças em seus programas.
Jesus nunca pediu para que as crianças fossem retiradas de suas mensagens, pelo contrario quando foram levadas até ele, para que fossem tocados e abençoados, fora os discípulos que dificultaram as crianças de chegar até o mestre. Jesus não se preocupava apenas com o conteúdo de sua mensagem, ele se preocupava com as pessoas e aqui incluía as crianças. O importante não é só passar o conteúdo, é atingir a vida, das crianças, amá-las a ponto de elas sentirem desejos de estar na igreja como um ambiente que as acolhe, e que as ama e prioriza como pessoas, que fazem parte do corpo de Cristo.
Jesus ficou indignado com os discípulos e os repreendeu. Dizendo: “Deixar vir a mim as crianças, e não as impeçais, porque delas é o reino de Deus”. (Mc. 10.13). O mestre sabia que impedir as crianças a ter acesso a ele, era o mesmo que dizer que elas não eram importantes para o Reino de Deus. Quantas vezes nas programações da igreja. O coral canta os adolescentes, o jovens, o grupo de louvor, há testemunhos dos adultos, a pregação, e infelizmente as crianças não se tem uma oportunidade.
Qual a criança que ama alguém que as despreza? Será que esta pergunta não deve ser feita para alguns ministérios.
1.1.4 A igreja deve entender que hoje elas são crianças, amanhã serão adolescentes e no futuro adulto.
“A criança é a igreja do hoje e não do futuro”. E ela será exatamente aquilo que ela foi ensinada através de palavras e atitudes que ela presenciou e viveu na infância.
1.1.5 Priorizar os investimentos materiais.
Para algumas igrejas, comprar historinhas, flanelógrafos, fantoches, brinquedos para a brinquedoteca, livros com historinhas infantis para distribuir entre as crianças e outras ferramentas necessárias para evangelização, é um investimentos caro, mas para fazer café para empresários todo mês, a igreja não pensa duas vezes.
Quando Jesus demonstrou as qualidades do morador do céu, ele não citou as qualidades do sacerdote, do catedrático nas escrituras, do levita, do apostolo, mas apresentou as características de uma criança (Mt. 18.1.10).
Às vezes queremos ser o pregador, “A” o conferencista “B”, ser o profeta “C” ou o cantor “D” mas nunca queremos ser como uma criança.
Alguns dão mais valor no conferencista que cobra cachê, para dizer aquilo que Jesus nos deu de graça, do que na criança. Receber as crianças é um sinônimo de receber o próprio Jesus. (Mt. 18.5).
1.1.6 Cuidando dos cordeirinhos de Jesus.
“nem os melhores da igreja são bons demais para esta obra”.
Os cordeirinhos são os mais novos do rebanho. Por isso devemos cuidar de modo especial. Spurgeon. Disse.
“As crianças não só encantam como se deixam encantar”.
Nosso Senhor Jesus era profundamente solidário como as crianças, e pouco se parece com Cristo quem as olha como sendo um estorvo no mundo.
Muitas vezes o culto não oferece nada para as crianças.
“A vista de Deus não é pregador, quem não se importa com as crianças”. Spurgeon.
Outro problema é não acreditar na conversão das crianças.
1.1.7 A igreja de hoje.
As crianças são a igreja de hoje, ser membro do corpo de Jesus não é determinado pela idade, e sim pelo nosso relacionamento com ele. Mas Jesus, chamando-as para si, disse: Deixai vir a mim os pequeninos e não os impeçais, porque dos tais é o reino de Deus. (Lc.18.16).
Nosso Senhor Jesus conta aos discípulos que o evangelho estabelece um reino. Será que existiu um reino sem crianças?
Se Jesus disse que delas é o reino dos céus, porque não darmos também a elas um lugar devido na igreja?
1.1.8 Modelo de participação da criança no culto.
‘Culto infantil’.
Muitas vezes deixam as crianças com os pais, durante o período de louvor, onde as crianças devem ver os pais, adorando a Deus, participando do culto. “Criança aprende vendo”.
Para depois de receberem a oração, e irem para um local adequado, com pessoas capacitadas e receberem uma mensagem de acordo com suas idades.
Não utilizar os termos “cultinhos” no sentido pejorativo.
Fica aqui uma pergunta.
Da criança é o reino do céu!
Porque não é prioridade na igreja?
Da criança é o reino de céu!
Porque não tem o melhor local?
Da criança é o reino de céu!
Porque não tem o melhor professor?
Da criança é o reino de céu!
Porque não tem o melhor investimento?
Da criança é o reino de céu!
Porque não tem o melhor material?
Da criança é o reino de céu!
Porque não tem as melhores estruturas?
Da criança é o reino de céu!
Porque não tem o melhor tempo?
Da criança é o reino de céu!
Porque não tem a melhor equipe preparada?
Da criança é o reino de céu!
Porque não tem a finança da igreja?
Da criança é o reino de céu!
Porque não o obreiro treinado.
1.1.9 Conscientizar que ensino infantil é um ministério divino.
Ministério para crianças visa alcançar todas as crianças com a mensagem do evangelho, através de atividades especificas removendo todas as barreiras, tanto dentro quanto fora do ambiente da igreja.
Atribuições:
Elaborar o planejamento anual do ministério assessorado pelo pastor.
Indicar lideres para os diversos segmentos do ministério.
Apresentar relatórios das atividades ao ministério pastoral e a igreja.
Visitar as crianças da igreja.
Acompanhar o desenvolvimento bíblico espiritual das crianças.
Criar um ambiente agradável, na igreja, para as crianças.
1.2 Conscientizar a igreja da importância do trabalho com as crianças.
Preparar lideres com vocação para o ministério infantil.
Adquirir material adequado para o trabalho com as crianças;
Incentivar, promover programações especiais para as crianças;
Promover a participação das crianças nos cultos oficiais da igreja;
Levá-las a comunhão e intimidade com Deus.
Ser o exemplo.
2. A MISSÃO PASTORAL DA FAMÍLIA
Nas relações interpessoais que influenciam a formação religiosa da criança, os pais têm papel importantíssimo, pois é ai que ela adquire o conceito que tem de Deus pai.
2.1 Os pais são os primeiros professores dos filhos, através do que falam e do modo como vivem.
É um mandamento de Deus, dado por Moises. Conforme Dt. 6.6-8. Infelizmente hoje os pais têm terceirizado a educação. Para os avos, para igreja, para a escola, quando não para a televisão, a internet e os vídeos games. Devemos cuidá-los fisicamente.
I Tm. 5.8. Ensina que temos de suprir as necessidades físicas dos filhos. “ora se alguém não tem cuidado dos seus, especialmente dos de sua própria casa, tem negado a fé, e é pior do que o descrente.
2.1.2 Devemos amá-los.
Tito 2,4 aprenda a amar seu filho. “A fim de instruí-los, as jovens recém casadas a amarem a seus maridos e a seus filhos”...
Amor não é emoção, amor é atitude, não é o que eu falo é o que eu faço. Em geral, as crianças mal amadas apresentam um péssimo rendimento escolar e não tem nenhum impulso no sentido de agradar ou cooperar com a professora. (As crianças amadas, querem agradar os pais e, automaticamente, expandem seus horizontes e desejam agradar as professoras e outras pessoas.
Os indivíduos que não forem amados na primeira infância quase nunca abraçam a religião posteriormente.
Abrace seus filhos beijo-os, diga que você os ama.
A auto estima começa a se desenvolver numa pessoa quando ela é amada é cuidada.
2.1.3 Elogie seus filhos.
Como pais, somos tentados a observar os erros, e os defeitos, e raramente reconhecermos o lado positivo de nossos filhos. Muitos pais apenas profetizam palavra negativa para os filhos. “Esquecem que há poder em suas palavras”. Chorar, abraçar, soa mais importantes do que dar-lhes, fortunas ou fazer-lhes montanhas de criticas.
2.1.4 Tenha tempo para seus filhos.
Muitos em nome do sucesso financeiro, ministerial, tem se esquecido de dedicar tempo para os filhos.
Fazem festas de aniversários, compram tênis, roupas, produtos eletrônicos, proporcionam viagens. Mas não dedicam o seu tempo para um momento com os filhos. Pais brilhantes dão algo incomparavelmente mais valioso aos filhos. Algo que todo dinheiro do mundo não pode comprar.
O ser, a sua historia, suas experiências, as suas lagrimas, o seu tempo.
Muitos pais dizem que não tem tempo para participar das tarefas escolares dos filhos, Mas na verdade o que falta não é tempo é paciência.
“Pais que dão presente para seus filhos, serão lembrados por um momento. Os pais que estão presentes se tornam inesquecíveis”.
2.1.5 De limite aos filhos.
A educação do sim, filhos superprotegido, recebem tudo de graça. Essa é uma triste realidade da educação do “sim” a da permissividade e da hipersolicitude.
Essas crianças superprotegidas, com figuras paternas frágeis e mães hipersólicitas, transformam os filhos em parafusos de geléias.
Se levarem um apertão, espanam e não agüentam ser contrariados. Não foram educados para suportar o “não”.
O “sim” só tem valor para quem conhece o “não”.
Tem um ditado que diz: “É melhor uma cerca no topo do monte, que um pronto socorro no vale”.
Dar limites aos filhos é sinal de amor. Quem não conhece limites, serão pessoas, frágeis que terão dificuldades de respeitar as disciplinas na escola, no emprego e na igreja.
É interessante pensar que o mundo não teria tanta perversidade, e desrespeito as autoridades civis e religiosas, e irreverência contra Deus. Se cada pai levasse seus filhos a Cristo no inicio da vida e os exercitasse bem na palavra de Deus.
2.1.6 Realizar cultos domésticos.
“Eu e minha casa serviremos ao Senhor”. (Josué 24.15)
Há unidade, na família que se ajoelha perante Deus. Cada membro sente que existe uma autoridade superior a ser ouvida. A auto-suficiência humanista fica para trás, quando percebemos a envolvente presença de Deus e sua paz.
O lar do cristão é a primeira igreja que os filhos devem conhecer, aonde venham crer em Deus, amá-lo, conhecer sua palavra e desenvolver um relacionamento com a ele através da oração.
Com isso os pais estarão ensinando os filhos a conhecer e a servir a Deus. E vós, pais, não provoqueis vosso filhos a ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor. (Ef. 6,4).
Atitudes formam hábitos e hábitos formam atitudes.
É patético ver pais e mães clamando a Deus em lagrimas, pela salvação de adolescentes rebeldes. Teria sido muito mais fácil levá-los a Cristo antes, quando ainda eram crianças.
Muitos pensam que o fato de batizar a criança, ou apresentá-lo no templo os torna santo, e não necessita mais de ensiná-los no dia a dia o desenvolvimento da vida cristã.
Conta a lenda que certa mulher pobre com uma criança no colo, passando diante de uma caverna escutou uma voz misteriosa que lá dentro lhe dizia:
“Entre e apanhe tudo o que você desejar, mas não se esqueça do principal.
Lembre-se, porém, de uma coisa: Depois que você sair, a porta se fechará para sempre. Portanto, aproveite a oportunidade, mas não se esqueça do principal….”
A mulher entrou na caverna e encontrou muitas riquezas. Fascinada pelo ouro e pelas jóias, pôs a criança no chão e começou a juntar,ansiosamente, tudo o que podia no seu avental. A voz misteriosa falou novamente: “Você só tem oito minutos”.
Esgotados os oito minutos, a mulher carregada de ouro e pedras preciosas, correu para fora da caverna e a porta se fechou. Lembrou-se, então, que a criança ficara lá e a porta estava fechada para sempre. A riqueza durou pouco e o desespero, sempre. O mesmo acontece, às vezes, conosco. Temos uns oitenta anos para viver, neste mundo, e uma voz sempre nos adverte: “Não se esqueça do principal!” E o principal são os valores espirituais, a família, os amigos, a vida!
Mas a ganância, a riqueza, os prazeres materiais nos fascinam tanto que o principal ai ficando sempre de lado. Assim, esgotamos o nosso tempo aqui, e deixamos de lado o essencial: “Os tesouros da alma!” Que jamais nos esqueçamos que a vida, neste mundo, passa rápido e que a morte chega de inesperado. E quando a porta desta vida se fechar para nós, de nada valerá as lamentações. Portanto, que jamais nos esqueçamos do principal! (Desconheço o autor)

3. A MISSÃO PASTORAL DO PROFESSOR.
Educar é ser um artesão da personalidade, um poeta da inteligência, um semeador de idéias.
Os professores fascinantes transformam a informação em conhecimento e o conhecimento em experiência.
“Porque assim como num corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros têm as mesmas funções, assim também nós, conquanto muitos somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros. Tendo , porem, diferentes “dons” segundo a graça que nos foi dada: se profecia, seja segundo a proporção da fé, se ministério, dediquemo-nos ao ministério, ou quem “ensina” esmere-se no fazê-lo.
Deus concede os dons, mas cabe ao professor buscar e aperfeiçoar novas técnicas, novos conhecimentos, e fazer tudo para glória de Deus .Veja alguns erros que podem prejudicar e até anular os benefícios do ensino bíblico em classe.
É lógico que reconhecemos e glorificamos a Deus, por professores que mesmo sem muitas condições financeiras e de tempo, e até mesmo de apoio de alguns ministérios, tem se dedicado e esforçado para fazer o melhor, desenvolvendo um ministério de ensino eficaz e com excelência. O propósito aqui não é que valorizarmos e focarmos mais no aspecto negativo, pelo contrario é mostrar que quando o professor sabe o que não deve fazer, suas possibilidades de acerto aumentam ainda mais.
3.1 Erros quanto as lei do ensino. Desconhecer as leis do ensino.
Todo professor deve conhecer as principais leis do ensino.
O motorista que respeita as leis de transito, não recebe multa e colabora com a sua segurança e dos outros.
Um agricultor que desconhecer as leis da semeadura, ou seja, não terá êxito na produtividade de sua lavoura. Imagine o que um professor pode estar perdendo por desconhecer as leis do ensino.
“O ensino tem suas leis naturais tão fixas como as leis que regem as palavras como os outros organismos que são suscetíveis ao crescimento. É um processo em que se empregam forças definidas para produzir resultados também definidos”. John Milton Gregory
3.1.1 Não por essas leis em práticas.
Jesus disse: “se sabeis estas coisas, bem aventurados sois se as fizerdes”. Aristóteles disse: “Aquele que diz que sabe e não faz é porque não aprendeu”.
“O aluno aprende quando motivado, quando gosta, quando necessita, quando vê fazer, quando faz, quando há métodos certos de ensino”. Antonio Gilberto.
3.2 ERROS QUANTO AOS OBJETIVOS.
Não ter nenhum objetivo.
Não podemos “bater no ar” (I cor. 9,26) “nem falar ao ar” (I cor. 14,9)
Myer Pearlman afirmou: “Se não houver propósito firme e uma preparação, se tudo for deixado ao acaso, assim também serão os resultados do seu ensino”.
3.2.1 NÃO SABER O QUE ENSINAR.
Em (Rm. 2,21) está escrito: “Tu, pois que ensinas a outros, não te ensinas a ti mesmo?”
Segundo Myer Pearlman, o professor não pode compartilhar o que não compreende, nem falar com autoridade se não tiver um conhecimento completo da matéria que ensinará.
3.2.2 DESCONHECER O PUBLICO ALVO
O ensino é uma arte que pode ser adquirido, haja vista ser governada por lei definidas. Não adianta nada possuir muito conhecimento, se não houver domínio da arte de ensinar. Qual o publico alvo: se é adulto, jovens, adolescentes intermediários, primários, crianças? Saber o nível socioeconômico, etc. o professor tem a obrigação de saber quais as principais características de sua turma e de seu publico alvo de maneira geral.
3.3 ERROS QUANTO AO PREPARO DA AULA.
3.3.1 NÃO ORAR.
E. Stanley Jones dizia que Jesus tinha três modos simples de viver. “Amava a palavra, a oração, e a evangelização”.
“A espiritualidade não pode ser imposta dever ser cultivada. Através da oração’. Eugene Peterson
Calvino disse que oração são “palavra e vida”. Professores que não oram se estribam em seus próprios conhecimentos (Pv. 3,5) e negam a total dependência de Deus. Duas atitudes com relação aos apóstolos. Eles se dedicavam a “palavra e a oração”.
3.3.2 NÃO CONHECER A PALAVRA.
Em 2 Tm. 2,15 está escrito que devemos procurar, isto é, nos esforçamos ao Maximo para nos apresentarmos a Deus aprovados como obreiros que não tem de que se envergonhar que maneja bem a palavra da verdade “manejar” saber “dividir” como um profissional que, com pericia utiliza sua ferramenta de trabalho.
3.3.3 DESPREZAR O PREPARO ANTECIPADO DA AULA.
Muitos confiam em seus conhecimentos, ao assunto e acha que apenas ler a matéria diante dos alunos é suficiente. Pelo fato de dominarem tal assunto.
“Quando o machado está afiado se coloca menos força para cortar a arvore”. (Ec. 10.10)
3.4 ERROS QUANTO A EXPOSIÇAO DA LIÇÃO.
3.4.1 SER INDELICADO.
Ao responder ou deixar de responder uma pergunta, seja atencioso, calmo, não responda com aspereza, a fim de que os alunos não o vejam com antipatia.
Se os falsos mestres têm carisma, são gentis simpáticos, porque o professor que propaga a verdade da palavra de Deus tem de ser antipático e indelicado. (1Pe.3.15).
3.5 ERROS QUANTO AS RESPONSABILIDADES.
3.5.1 SER DESANIMADO, NÃO ASSIDUO E NÃO PONTUAL.
Se o professor deseja que sua classe seja dinâmica, animada e que seus alunos não faltem nem cheguem atrasado, deve ser um exemplo para eles em tudo. Criança aprende vendo.
3.5.2 SER INSUBMISSO A DIREÇÃO DA E.B.D. OU AO PASTOR DA IGREJA.
Jesus o maior exemplo para um bom professor, tudo quanto fazia, era em intima relação de intimidade e obediência ao pai. (fp. 2.3-9). Em (Hb. 13. 17) que devemos ser obedientes aos nossos pastores.
3.5.3 NÃO AMAR AQUILO QUE FAZ.
Não ficar preso apenas ao conteúdo, mas, demonstrar amor e interesse pelos alunos, conhecendo suas necessidades. “Amor não é aquilo que fala, mas aquilo que se faz”. James Hunter. Paulo quando fala dos dons, ele ensina que a fonte é uma só. Deus. E o critério para avaliar a operação destes dons é o amor. O amor deve preceder os exercícios dos dons. (Cf.1Co.cap.12e13).
3.5.4 HUMILDADE.
Conquistar os alunos, fazendo, Jesus como o maior mestre que já existiu, não exultou em lavar os pés dos apóstolos como modelo de humildade. (Jo. 13.1-17). “Autoridade sempre se constrói sobre serviço e sacrifício”.
3.6 ERROS QUANTO AO APERFEIÇOAMENTO DO PROFESSOR.
3.6.1 DESCUIDAR-SE COM O VERNÀCULO.
Falar corretamente, aplicar-se ao estudo da língua pátria. Com conhecimento, mais traduzindo na linguagem compreensível das crianças.
3.6.2 ABRAÇAR O PSEUDO-INTELECTUALISMO
Professores que preferem a maquiagem. Vestem-se de intelectuais, falam palavras difíceis para impressionar, mas não educam.
A educação implica em apresentar em palavras o que o professor é de fato. John Stott, disse que Jesus no Sermão do monte ensinava o que ele era de fato.
3.6.3 NÃO SE APLICAR AO ESTUDO DA PEDAGOGIA.
O professor que se preza mantém atualizado quanto aos recursos didático-pedagógicos que se modificam e se aperfeiçoam com o tempo.
3.6.4 PARAR NO TEMPO.
É preciso se atualizar. Isso inclui estudos de idiomas, leituras constantes. (Itm. 4,13) participar de congressos, seminários, lerem bons livros. Hoje o que não falta é oportunidade, o que ocorre mesmo é falta de desejo. Carl Barth Disse “O teólogo que é preguiçoso não pode ser teólogo. (professor).
“Quem quer faz, quem não quer da uma desculpa”.
3.7 UMA OBSERVAÇÃO PARA PROFESSORES E PARA OS PAIS.
Qual a importância da educação cristã nos primeiros anos de vida.
Ser nascido de novo.
Visto que qualquer matéria cientifica se fala de cabeça para cabeça são conhecimentos intelectuais.
Quanto à palavra de Deus, é algo que deve estar alem da razão, deve estar no coração.
“Estas palavras que hoje, te ordeno estarão no teu coração e as intimarás a teus filhos e delas falaras assentados em tua casa e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. (Dt. 6.6-7)
Esta observação é importantíssima tanto aos pais quanto os professores conhecerem as fases do desenvolvimento das crianças, e o que acontece quanto ao conhecimento evolutivo e cognitivo em cada fase das crianças.
Reconhecerem a importância das ilustrações para o ensino.
3.8 PAIS E PROFESSORES DEVEM EDUCAR COM A PRÁTICA.
A educação clássica comete um grande erro, quando se esforça para transmitir o conhecimento em sala de aula, mas raramente comenta sobre a vida do produtor do conhecimento.
Os computadores podem informar os alunos, mas apenas os professores são capazes de formá-los.
Jesus não ficou preso em quatro paredes falando de teorias, ele levou seus alunos, a verem e participarem das necessidades da comunidade.
Dietrich Bonroeffer disse: “A igreja só é igreja se for para os outros”.
Nossas crianças, adolescentes e jovens e a igreja em geral, devem participar de projetos sociais.
Desenvolver a responsabilidade social, promover a cidadania, cultivar a solidariedade, expandir a capacidade de trabalhar em equipe, trabalhar temas transversais: a educação para a saúde, para a paz, para os direitos humanos. Jürgen Moltmann disse: “Pecado não é só o que não faço de errado, mas é o bem que eu deixo de fazer”. A igreja “os alunos” não é uma sociedade de alienígenas, mas devem ser de pessoas cristãs, que vivem a vida para Deus e para os outros.
Na realidade estamos cada vez mais perdendo nossa identidade, nos tornando uma conta bancária, um numero de cartão de credito, um consumidor em potencial. Gerada pelo consumismo, individualismo e o egocentrismo.
Uma das causas que levam milhões de jovens a usar drogas, a ter depressão, a ser alienados e até pensar em suicídio é que eles não tem sentido de vida, nem engajamento social. Rubens Alves diz que quanto mais separado da experiência for o conteúdo, mais complicadas serão as mediações verbais. O que é imediatamente experimentado não precisa ser repetido para ser memorizado. Rousseau aconselhou evitar o verbalismo, principalmente nas aulas ministradas às crianças e aos jovens.
4. JESUS O MODELO SEGURO DO PASTORADO HODIERNO. COMO EXEMPLO PARA A IGREJA, FAMILIA E PROFESSOR.
Nada pode substituir o caminho santo do ministério proposto por Deus em sua palavra. A palavra de Deus é rica em todos os sentidos para “avaliar”, “capacitar” e “repreender” o nosso ministério pastoral.
Uma das passagens cristológicas que trabalha de maneira séria, continua e reflexiva para o ministério pastoral é João e o 10.1-21. Que mostra Jesus como “o Bom Pastor”. Aqui se descobre os desdobramentos pastorais que deve estar estampado em todo ministério daqueles que tem as atribuições de ensinar. Seja pastor, pai, professor, tendo Cristo como modelo maior.
No evangelho de João é o próprio messias que coloca a base de um ministério que deve ser, redescoberto na pastoral de um Brasil contemporâneo.
Stott chamou isso de “modelo pastoral” e nos leva a sete caminhos da verdade Cristológica a todos que estão inseridos no ministério. Jesus: Conhecia suas ovelhas,servia seu rebanho,guiava,alimentava,controlava, guardava e buscava as que estavam feridas.
O pastor moderno convocado por Deus para viver uma vida ministerial de acordo com sua vontade santa. Deve apascentar o rebanho de Deus (At. 20.28, I Ped. 5,2) fornecer supervisão espiritual (At.20,28; Tt. 1,7) liderar como homem de Deus amadurecido (At. 20, 17; IPe. 5,1) sendo “fiel como despenseiro do ministério divino” (Tt. 1,7).Cuidar significa exercer o oficio de um pastor ,governar,regulamentar,dirigir,orientar,fazer tudo que um pastor tem de fazer com um rebanho,mas também significa alimentar. E dirige aos professores a uma obrigação que eles talvez possam negligenciar, ou seja, a de alimentar as crianças na fé. Spurgeon.
“SOLI DEO GLÓRI”

CONCLUSÃO
Embora não seja nova a necessidade dos adultos cuidarem de modo mais adequado da formação de suas crianças, muitas pessoas desconhecem formas eficientes de fazerem isso.
Deve haver uma ação conjunta, família, igreja e professor (de educação cristã) no sentido de educar e transmitir os valores, bíblicos para formar corretamente a personalidade das crianças.
Embora não se devem desprezar os conceitos pedagógicos, psicológicos, os educadores, devem estar cientes que a suprema autoridade é o criador através da sua palavra. Hb. 12,1, ela é viva e eficaz. Ela é a verdade. (Jo. 17.17).
Tendo Jesus como nosso guia, ele é o “maravilhoso conselheiro”, e a maravilhosa pessoa do Espírito Santo, cf. promessa feita em (atos 2,17). Estará sempre conosco.
Para isto é necessário, que os pais, a “igreja”, “pastor” e professor. Sejam consagrados a Deus. Desenvolvendo um ministério segundo o coração de Deus para alcançar o coração das crianças reconhecendo que eles não são a igreja do amanhã, mas a “igreja de hoje”.

BIBLIOGRAFIA
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