quinta-feira, 31 de março de 2011

Como fazer uma redação?

Como fazer uma redação?
Dominar a arte da escrita é um trabalho que exige prática e dedicação. No entanto, conhecer seu lado teórico é muito importante. Aqui você encontra um resumo desta teoria. Aplique-a em seu trabalho mas não se esqueça: você precisará fazer a sua parte, isto é, escrever.
SIMPLICIDADE
Use palavras conhecidas e adequadas. Escreva com simplicidade. Para que se tenha bom domínio, prefira frases curtas. Amarre as frases, organizando as idéias. Cuidado para não mudar de assunto de repente. Conduza o leitor de maneira leve pela linha de argumentação.
CLAREZA
O segredo está em não deixar nada subentendido, nem imaginar que o leitor sabe o que você quer dizer. Evidencie todo o conteúdo da sua escrita. Lembre-se: você está comunicando a sua opinião, falando de suas idéias, narrando um fato. O mais importante é fazer-se entender.
OBJETIVIDADE
Você tem que expressar o máximo de conteúdo com o menor número de palavras possíveis. Por isso não repita idéias, não use palavras demais ou outras coisas que só para aumentem as linhas. Concentre-se no que é realmente necessário para o texto. A pesquisa prévia ajuda a selecionar melhor o que se deve usar.
UNIDADE
Não esqueça, o texto deve ter unidade, por mais longo que seja. Você deve traçar uma linha coerente do começo ao final do texto. Não pode perder de vista essa trajetória. Por isso, muita atenção no que escreve para não se perder e fugir do assunto. Eliminar o desnecessário é um dos caminhos para não se perder. Para não errar, use a seguinte ordem: introdução, argumentação e conclusão da idéia.
COERÊNCIA
A coerência (coesão) entre todas as partes de seu texto, é fator primordial para se escrever bem. É necessário que elas formem um todo. Para isso, é necessário estabelecer uma ordem para as idéias se completem e formem o corpo da narrativa. Explique, mostre as causas e as conseqüências.
EXEMPLOS
Obedecer uma ordem cronológica é um maneira de se acertar sempre, apesar de não ser criativa. Nesta linha, parta do geral para o particular, do objetivo para o subjetivo, do concreto para o abstrato. Use figuras de linguagem para que o texto fique interessante. As metáforas também enriquecem a redação.
ÊNFASE
Procure chamar a atenção para o assunto com palavras fortes, cheias de significado, principalmente no início da narrativa. Use o mesmo recurso para destacar trechos importantes. Uma boa conclusão é essencial para mostrar a importância do assunto escolhido. Remeter o leitor à idéia inicial é uma boa maneira de fechar o texto.
LEIA E RELEIA
Lembre-se, é fundamental pensar, planejar, escrever e reler seu texto. Mesmo com todos os cuidados, pode ser que você não consiga se expressar de forma clara e concisa. A pressa pode atrapalhar. Com calma, verifique se os períodos não ficaram longos, obscuros. Veja se você não repetiu palavras e idéias. Àmedida que você relê o texto, essas falhas aparecem, inclusive, erros de ortografia e acentuação. Não se apegue ao escrito. Refaça se for preciso. Não tenha preguiça, passe tudo a limpo quantas vezes forem necessárias. No computador, esta tarefa se torna mais fácil. Faça sempre uma cópia do texto original. Assim você se sentirá à vontade para corrigir quanto quiser, pois sabe que sempre poderá voltar atrás.
Veja abaixo quadros resumos da estrutura de uma redação (introdução, desenvolvimento e conclusão) das três modalidades de uma redação: descrição, narração e dissertação.
Estrutura de uma Descrição
CARACTERÍSTICAS Situa seres e objetos no espaço (fotografia)
INTRODUÇÃO A perspectiva do observador focaliza o ser ou objeto, distingue seus aspectos gerais e os interpreta.
DESENVOLVIMENTO Capta os elementos numa ordem coerente com a disposição em que eles se encontram no espaço, caracterizando-os objetiva e subjetivamente, física e psicologicamente na redação.
CONCLUSÃO Não há um procedimento específico para conclusão. Considera-se concluído o texto quando se completa a caracterização.
RECURSOS Uso dos cinco sentidos: audição, gustação, olfato, tato e visão, que, combinados, produzem a sinestesia. Adjetivação farta, verbos de estado, linguagem metafórica, comparações e prosopopéias.
O QUE SE PEDE Sensibilidade para combinar e transmitir sensações físicas (cores, formas, sons, gostos, odores) e psicológicas (impressões subjetivas, comportamentos). Pode ser redigida num único parágrafo.

Estrutura de uma Narração
CARACTERÍSTICAS Situa seres e objetos no tempo (história)
INTRODUÇÃO Apresenta as personagens, localizando-as no tempo e no espaço.
DESENVOLVIMENTO Através das ações das personagens, constroem-se a trama e o suspense, que culminam no clímax da redação.
CONCLUSÃO Existem várias maneiras de concluir-se uma narração. Esclarecer a trama é apenas uma delas.
RECURSOS Verbos de ação, geralmente no tempo passado; narrador personagem, observador ou onisciente; discursos direto, indireto e indireto livre.
O QUE SE PEDE Imaginação para compor uma história que entretenha o leitor, provocando expectativa e tensão. Pode ser romântica, dramática ou humorística.

Estrutura de uma Dissertação
CARACTERÍSTICAS Discute um assunto apresentando pontos de vista e juízos de valor.
INTRODUÇÃO Apresenta a síntese do ponto de vista a ser discutido (tese).
DESENVOLVIMENTO Amplia e explica o parágrafo introdutório. Expõe argumentos que evidenciam posição crítica, analítica, reflexiva, interpretativa, opinativa sobre o assunto.
CONCLUSÃO Retoma sinteticamente as reflexões críticas ou aponta as perspectivas de solução para o que foi discutido.
RECURSOS Linguagem referencial, objetiva; evidências, exemplos, justificativas e dados.
O QUE SE PEDE Capacidade de organizar idéias (coesão), conteúdo para discussão (cultura geral), linguagem clara, objetiva, vocabulário adequado e diversificado.

A estrutura do texto dissertativo constitui-se de:

1- Introdução - deve conter a idéia principal a ser desenvolvida (geralmente um ou dois parágrafos). É a abertura do texto, por isso é fundamental. Deve ser clara e chamar a atenção para dois itens básicos: os objetivos do texto e o plano do desenvolvimento. Contém a proposição do tema, seus limites, ângulo de análise e a hipótese ou a tese a ser defendida.

2- Desenvolvimento - exposição de elementos que vão fundamentar a idéia principal que pode vir especificada através da argumentação, de pormenores, da ilustração, da causa e da conseqüência, das definições, dos dados estatísticos, da ordenação cronológica, da interrogação e da citação. No desenvolvimento são usados tantos parágrafos quantos forem necessários para a completa exposição da idéia. E esses parágrafos podem ser estruturados das cinco maneiras expostas acima.

3- Conclusão - é a retomada da idéia principal, que agora deve aparecer de forma muito mais convincente, uma vez que já foi fundamentada durante o desenvolvimento da dissertação. (um parágrafo). Deve, pois, conter de forma sintética, o objetivo proposto na instrução, a confirmação da hipótese ou da tese, acrescida da argumentação básica empregada no desenvolvimento.

Observe o texto abaixo:

Vida ou Morte

INTRODUÇÃO

A grande produção de armas nucleares, com seu incrível potencial destrutivo, criou uma situação ímpar na história da humanidade: pela primeira vez, os homens têm nas mãos o poder de extinguir totalmente a sua própria raça da face do planeta.

DESENVOLVIMENTO

A capacidade de destruição das novas armas é tão grande que, se fossem usadas num conflito mundial, as conseqüências de apenas algumas explosões seriam tão extensas que haveria forte possibilidade de se chegar ao aniquilamento total da espécie humana. Não haveria como sobreviver a um conflito dessa natureza, pois todas as regiões seriam rapidamente atingidas pelos efeitos mortíferos das explosões.

CONCLUSÃO
Só resta, pois, ao homem uma saída: mudar essa situação desistindo da corrida armamentista e desviando para fins pacíficos os imensos recursos econômicos envolvidos nessa empreitada suicida. Ou os homens aprendem a conviver em paz, em escala mundial, ou simplesmente não haverá mais convivência de espécie alguma, daqui a algum tempo. (Texto adaptado do artigo “Paz e corrida armamentista” in Douglas Tufano, p. 47).

Na introdução, o autor apresenta o tema (desenvolvimento científico levou o homem a produzir bombas que possibilitam a destruição total da humanidade), no desenvolvimento, ele expõe os argumentos que apóiam a sua afirmação inicial e na conclusão, conclui o seu pensamento inicial, com base nos argumentos.

Na dissertação, pode-se construir frases de sentido geral ou de sentido específico, particular. Às vezes, uma afirmação de sentido geral pode não ser inaceitável, mas se for particularizada torna-se aceitável. Exemplo: É proibido falar ao telefone celular. (sentido geral) É proibido falar ao telefone celular dirigindo. (sentido específico)

Quando o autor se preocupa principalmente em expor suas idéias a respeito do tema abordado, fica claro que seu objetivo é fazer com que o leitor concorde com ele. Nesse caso, tem-se a dissertação argumentativa Para que a argumentação seja eficiente, o raciocínio deve ser exposto de maneira lógica, clara e coerente.

O autor de uma dissertação deve ter sempre em mente, as possíveis reações do leitor e por isso, deve-se considerar todas as possíveis contra-argumentações, a fim de que possa “cercar” o leitor no sentido de evitar possíveis desmentidos da tese que se está defendendo. As evidências são o melhor argumento.

As referências bibliográficas estar de acordo com as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
A bibliografia final deve seguir o seguinte padrão:

a- Autor - último sobrenome com letra maiúscula, separado da vírgula dos outros prenomes; (ponto e dois espaços ou travessão).

b- Título - sublinhar ou colocar em itálico; (ponto).

c- Anotador ou tradutor -(ponto)

d- Número da edição - se for a primeira , não se indica. Algarismo arábico, ponto, ed. (vírgula).

e- Casa publicadora - nome da casa (vírgula)

f- Ano da Publicação - em algarismo arábico (ponto)

g- Número de páginas ou volumes - em algarismos arábicos (ponto) Abrevia-se p. e não pág ou pg.

h- Ilustrações - se necessário (ponto)

i- Série ou coleções - em algarismos arábicos, entre parênteses (ponto)
Conselhos úteis para elaboração de uma redação
A primeira frase que o aluno deve ter em mente é a seguinte: Em uma dissertação, nada é proibido, nada é obrigatório; tudo depende de bom-senso. Portanto use sua inteligência, no momento de escrever uma redação.
Evite repetições de sons, de palavras e de idéias.
Palavras terminadas em ção, são, ssão, dade, mente provocam eco na sua redação.
A repetição de palavras denota vocabulário escasso.
A repetição de idéias demonstra falta de cultura, de conhecimento geral.
Em vez de substituir as repetições por sinônimos, reestruture o período, pois a idéia continuará sendo repetida.
Reestruturar o período significa reescrevê-lo, dando outra formação sintática. Por exemplo, em vez de escrever O homem está destruindo a Natureza, sem pensar no seu próprio futuro reestruture para Destrói-se a Natureza, sem se importar com o futuro
Evite o exagero de conectivos (conjunções e pronomes relativos).

Por dois motivos: para evitar a repetição e para não elaborar períodos muito longos.
Não generalize; seja específico.
Utilize argumentos concretos, fatos importantes. Uma redação cheia de generalizações demonstra a falta de cultura de seu autor, a falta de conhecimentos gerais, a falta de contato com a realidade atual. Para evitar esse problema, leia bastante; leia jornais, revistas, livros; assista a programas de reportagens, a filmes; interesse-se pela cultura; alimente sua inteligência.
Não faça afirmações incoerentes.
Como Os jovens estão totalmente sem informações hoje...; Ninguém gosta de ler...; Não há escritores bons hoje em dia.... A incoerência também demonstra falta de conhecimento.
Não faça afirmações levianas.
Como Todo político é corrupto...
Não afirme o que não pode ser provado.
Não escreva períodos muito curtos nem muito longos.
Evite mais de dois períodos por linha, ou seja, não coloque mais do que dois pontos finais em uma mesma linha.
Evite escrever mais de duas linhas sem um ponto final sequer.
Não faça parágrafos muito curtos nem muito longos.
O ideal seria que os parágrafos contivessem, no mínimo, 4 linhas e, no máximo, 7 linhas.
Estruture adequadamente os períodos.
Períodos mal-estruturados demonstram falta de conhecimento da língua.
Observe a pontuação.
Nunca coloque vírgula entre o sujeito e o verbo, nem entre o verbo e o seu complemento.
Não use expressões populares e cristalizadas pela população.
A dissertação é um trabalho técnico, portanto não se admitem expressões populares.
Expressões cristalizadas são frases comuns a qualquer cidadão, de qualquer nível cultural.
Não use expressões vulgares.
Por ser um trabalho técnico, não há espaço para vulgaridades.
Não use linguagem figurada.
Todas as palavras da dissertação devem ser usadas em seu sentido exato.
Se for usar título, faça-o por meio de expressão curta.
Alguns concursos vestibulares exigem título na dissertação. Se for o caso, use poucas palavras e só coloque ponto final, se usar verbo.
Cuidado com usos de conjunções: mas, porém, contudo são adversativas, indicam fatores contrários; portanto, logo são conclusivas; pois é explicativa, e não causal.
Não deixe os parágrafos soltos.
Há de haver ligação entre eles. A ausência de elementos coesivos entre orações, períodos e parágrafos é erro grave.
Não use a palavra eu nem a palavra você e evite a palavra nós.
A dissertação deve ser impessoal. Não se dirija ao examinador, como se estivesse conversando com ele.
Não use palavras estrangeiras nem gírias.
Por ser trabalho técnico, use apenas palavras da Língua Portuguesa.
Atente para não elaborar frases ambíguas.
Se houver duplo sentido em uma frase, como o examinador saberá por qual optar?
Atente para não entrar em contradição.
Preste atenção a tudo o que for exposto na redação, para não dizer o contrário mais à frente.
Lembre-se de que há quatro palavras muito importantes:

Originalidade e Criatividade - Não trabalhe com exemplos muito simples ou comuns; seja criativo. Use sua inteligência.
Homem e Sociedade - Tudo o que for colocado em sua redação deve ser importante para a sociedade de um modo geral, e não apenas a você ou a um pequeno grupo de pessoas
Dicas de Redação
Cacófatos, Cacos e Cacoetes
Os textos, muitas vezes, aprontam armadilhas. Cacófato é palavra de origem grega que significa mau som. Ele se forma pela aproximação de sílabas de duas ou mais palavras, criando uma nova palavra que, em boa parte, é desagradável. Vejamos alguns exemplos:
A mais tradicional é ela tinha. A famosa latinha. Há muitas latinhas, para todos os lados. E que tal a frase: É aquele guri lá. Uma denúncia, por evidente, mas há um gorila no meio, o que pode piorar a situação. De qualquer maneira não pense nunca nisso. Pensar em caniços pode ser bom, mas devemos esperar a hora de pescar. Pescaria lembra comida, e que tal na vez passada. Uma vespa assada deve ser bom negócio.
No plano esportivo, o centroavante não marca gol. O que realmente que o centroavante fez? Realmente, há atacantes que só fazem isso! O jogador Zinho, ex-seleção, atual Grêmio, cria tantos problemas que já ninguém mais dá bola pra ele. Chuta Zinho, passa Zinho, Ataca Zinho, Sofre Zinho... E o Cafu, lateral também da Canarinho, é problemático. Fulano não deu a bola, mas Cafu deu. Sim, senhor, seu Cafu, isto lá são horas...
Tem também o “boom” da bolsa de Nova Iorque.
Se você não tiver nada pra fazer agora, aproveite. Nada melhor do que o Vale a Pena Ver de Novo e uma chuvinha por cima.
Nossa!?

Taleban, Talibã, Taliban?
Santo Deus, ou por Maomé?! Que confusão danada a imprensa está fazendo. Devemos sempre preferir as formas aportuguesadas. Ao menos deveríamos agir assim. Logo, prefira Talibã.
Em primeiro lugar, não existe uma forma rígida para a preferência desse I, trata-se de uma tendência das línguas latinas, no momento de converter o E original, transforma-se em I.
Em segundo lugar, a nasalização final em Português é com TIL. Vejamos os exemplos de Maracanã, satã, maçã e sutiã. Não escreveríamos Maracanan, satan, maçan.
Assim, aquele grupo da moças saúvas, o Tchan, ao menos deveria ser Tchã. Trata-se de equívoco ortográfico. Não estético, é claro.

Como se escrevem os nomes próprios?
Vamos começar pelas autoridades. Celso Luft, em seu Novo Guia Ortográfico, cita Artur de Almeira Torres e Zélio dos Santos Jota, que escreveram o Vocabulário Ortográfico de Nomes Próprios. Vamos examinar com atenção:
“Nomes e sobrenomes estão sujeitos às mesmas regras ortográficas vigentes para os nomes comuns e dentro dessas normas devem ser registrados os nascidos na vigência do acordo ortográfico.
É preciso que se diga, no entanto, que somente em assinatura a pessoa pode 9não se obriga, portanto) manter a grafia constante da certidão. Assim, um cidadão registrado Raphael Assumpção de Souza terá seu nome representado por Rafael Assunção de Sousa em qualquer circunstância. Em assinatura, porém, se desejar, continuará a assinar daqueloutro modo.
Não redundará confusão ou perda de direitos assinar-se, o citado cidadão, Rafael Assunção de Sousa? Absolutamente. Pode acarretar aborrecimento tão-somente por falta de compreensão alheia. Afinal de contas, o que de fato individualiza o cidadão não há de ser apenas seu nome, mas uma série de características, constantes em documentos oficiais, como filiação data de nascimento, (...)
Então, com o perdão da Jeniffer, ou Jennifer, ou seja lá como for, mas vocês, meninas, são equívocos ortográficos. Erro que será levado, literalmente, ao túmulo.
Bebetinho, na Copa de 94, comemorou um gol homenageando seu filho recém-nascido: Mattheus era o nome da vítima. Em primeiro lugar, o pobre garoto terá de passar o resto da vida explicando como se escreve o nome.
O que há de errado com Mateus? É muito simples, não é mesmo? O brasileiro tem mania de criar o seu sistema lingüístico. Onde há lei, nós fugimos dela. Afinal, pô, eu sou dono do meu nome. É verdade, mas o nome deve ser grafado em alguma língua, e, cá no Brasil, fala-se o Português. Pois, pois...
A famosa Diana sempre foi simplesmente Diana para os espanhóis e para os portugueses. No Brasil, pronunciamos “Daiana”.
Vivemos para importar, de carros a cigarros, de palavras à música. Faz parte da nossa natureza.

Dez passos para fazer uma boa redação:
1º) Planeje bem o texto, cada parágrafo deverá conter um enfoque do tema;
2º) Evite idéias prontas, clichês, frases feitas: a cada dia que passa, de sol a sol, na sociedade em que vivemos, atualmente, nos dias de hoje, o governo deve tomar uma providência;
3º) não esqueça o título, afinal um trabalho sem título é muito estranho. Entretanto, atente como de faz o título;
4º) obedeça sempre ao número de linhas solicitado. Cuidado com o tamanho da letra, não faça roda de carreta;
5º) faça a sua melhor letra, qualquer tipo serve, no entanto procure não misturar tipos;
6º) evite rasuras, mas, se elas ocorrerem, coloque o erro entre parênteses;
7º) use linguagem formal, você não está no boteco da esquina para empregar coloquialidades como parar para pensar, tem tudo a ver...
8º) não interrompa o processo da frase enfiando um ponto no lugar errado. A frase tem um ritmo, logo não use ponto antes de pois, o qual, sendo que;
9º) procure não utilizar interrogações. Geralmente, elas têm respostas óbvias;
10º) não converse com o corretor. Redação em vestibular não é carta para a mãe.

Como concluir uma redação
A conclusão deve ser sucinta, conter apenas 01 parágrafo e deve retomar a idéia principal, desenvolvida no texto, de forma convincente.
A conclusão deve conter a síntese de tudo o que foi apresentado no texto, e não somente em relação às idéias apresentadas no último parágrafo do desenvolvimento.
Não se devem acrescentar informações novas na conclusão, pois, se ainda há informações a serem inclusas, o desenvolvimento ainda não terminou.
Maneiras de se fazer o parágrafo da conclusão:
01) Retomada da tese:
A conclusão é a apresentação da visão geral do assunto tratado, portanto pode-se retomar o que foi apresentado na introdução e/ou no desenvolvimento, relembrando a redação como um todo. É uma espécie de fechamento em que se parece dizer de acordo com os exemplos/argumentos/tópicos que foram apresentados no desenvolvimento, pode-se concluir que realmente a introdução é verdadeira.
02) Perspectiva:
Pode-se também apresentar possíveis soluções para os problemas expostos no desenvolvimento, buscando prováveis resultados (É preciso. É imprescindível. É necessário.), trabalhando com a conscientização geral. Por exemplo: É imprescindível que, diante dos argumentos expostos, todos se conscientizem de que ...
03) Oração Coordenada Conclusiva
Pode-se ainda iniciar a conclusão com uma conjunção coordenativa conclusiva - logo, portanto, por isso, por conseguinte, então - apresentando, posteriormente, soluções para os problemas expostos no desenvolvimento.
Frases-modelo, para o início da conclusão:
Apresento, aqui, algumas frases que podem ajudar, para iniciar a conclusão. Não tomem estas frases como receita infalível. Antes de usá-las, analise bem o tema, planeje incansavelmente o desenvolvimento, use sua inteligência, para ter certeza daquilo que será incluso em sua dissertação. Só depois disso, use estas frases:
Em virtude dos fatos mencionados ...
Por isso tudo ...
Levando-se em consideração esses aspectos ...
Dessa forma ...
Em vista dos argumentos apresentados ...
Dado o exposto ...
Tendo em vista os aspectos observados ...
Levando-se em conta o que foi observado ...
Em virtude do que foi mencionado ...
Por todos esses aspectos ...
Pela observação dos aspectos analisados ...
Portanto ... / logo ... / então ...
Após a frase inicial, pode-se continuar a conclusão com as seguintes frases:
... somos levados a acreditar que ...
... é-se levado a acreditar que ...
... entendemos que ...
... entende-se que ...
... concluímos que ...
... conclui-se que ...
... percebemos que ...
... percebe-se que ...
... resta aos homens ...
... é imprescindível que todos se conscientizem de que ...
... só nos resta esperar que ...
... é preciso que ...
... é necessário que ...
... faz-se necessário que ...
Pronomes Demonstrativos na Dissertação:
Usos de este, esta, isto, esse, essa, isso na redação.
01) Este, esta, isto:
Usa-se este, esta, isto, para referir-se a frase ou oração posterior, ou seja, frase que ainda será escrita, e para referir-se ao elemento imediatamente anterior, ou seja, elemento que acabou de ser escrito. Ex. Atenção a estas palavras: O fumo é prejudicial à saúde.
O fumo é prejudicial à saúde. Esta deve ser preservada sempre, portanto não fume.
02) Esse, essa, isso:
Usa-se esse, essa, isso, para referir-se a frase ou oração anterior, ou seja, frase que já foi escrita. Ex.: O fumo é prejudicial à saúde. Isso já foi comprovado cientificamente.



Tipos de redação: Descrição - Narração - Dissertação

DESCRIÇÃO NARRAÇÃO DISSERTAÇÃO

Conteúdo específico Retrato verbal: imagem: aspectos que caracterizam, singularizam o ser ou objeto descrito. Fatos - pessoas e ações que geram o fato e as circunstâncias em que este ocorre: tempo, lugar, causa, conseqüência, etc. Idéias - exposição, debate, interpretação, avaliação - explicar, discutir, interpretar, avaliar idéias.

Faculdade humana Observação-percepção-relativismo desta percepção Imaginação (fatos fictícios) -pesquisa-observação(fatos reais) Predomínio da razão - reflexão - raciocínio-argumentação.

Trabalho de Composi-ção .Coleta de dados -. .Seleção de imagens, aspectos - os mais singularizantes.
.Classificação - enumeração das imagens e/ou aspectos selecionados .Levantamento (criação ou pesquisa) dos fatos
. Organização dos elementos narrativos (fatos, personagens, ambiente, tempo e outras circunstâncias).
.Classificação-sucessão . Levantamento das idéias
.Definição do ponto de vista dissertativo: exposição, discussão, interpretação.
Formas Descrição subjetiva: criação, estrutura mais livre.
Descrição objetiva: precisão, descrição e modo científico. Narração artística: subjetividade, criação, fatos fictícios.
Narração objetiva: fatos reais, fidelidade. Dissertação científica – objetividade, coerência, solidez na argumentação, ausência de intervenções pessoais, emocionais, análise de idéias.
Dissertação literária - criatividade e argumentação.
Site: http://www.coladaweb.com/redacao

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